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E o Verbo se fez carne

E o Verbo se fez carne

Por Thoth, 3º Patriarca Expectante

De um campanário não muito distante do local onde morei ouviam-se os acordes de um sino que anunciava a hora do “Angelus”, Ave Maria. Sentado sob a fronde de uma vetusta e frondosa mangueira, gozava da temperatura amena e da tranquilidade reinante. Mas, quando ouvi os acordes do badalar, entrei num estado devocional e comecei a fazer uma fervorosa e eloquente prece dirigida à Divina Mãe. E nada mais justo naquele momento do que me lembrar de que o “Verbo se fez carne”. Assim, reportei-me à Bíblia e fiz consultas aos Evangelistas sobre o epigrafado.

Como esta edição do SEMEADOR é do mês de abril de 2004, e de número 300, nada mais importante do que tratarmos deste assunto de magna elevação, até porque no dia 25 deste veio ao mundo o insigne Mestre Amo Philippe - cujo nome civil registrado era Nizier Anthelme Philippe. Fiz conexão do evento por ele ser amigo dileto de Jesus-O-Cristo, que desceu também num dia 25. Após ter traçado esta analogia, retorno aos Evangelistas.

É sabido e de conhecimento geral entre todos os Cristãos que o Novo Testamento teve quatro Evangelistas: Mateus - Marcos - Lucas - João. No entanto, dos quatro, só dois teceram comentários mais detalhados - apesar de serem sucintos -, sobre o nascimento de Jesus o Cristo! Vejamos:

Em João, 1:14 está dito: “E o Verbo se fez Carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheia de graça e de verdade”.

Marcos iniciou o Evangelho falando sobre João Batista e só no versículo 1:8 disse: Eu tenho vos batizado com água; Ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.

Mateus fez um relato maior: “O nascimento de Jesus Cristo foi assim: 1:8 (ss):

“Estando Maria, sua Mãe, desposada com José, antes de se ajustarem, achou-se Maria grávida do Espírito Santo. Então, José, seu marido, como era justo, e não a queria infamar, tentou deixá-la secretamente. E projetando ele isto, eis que num sonho lhe apareceu um Anjo do Senhor, dizendo: 'José, filho de David: não temas receber a Maria tua mulher, porque o que está nela gerado é do Espírito Santo. E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados'”. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo Profeta Isaías, em 7:14 - mais de 600 anos a.C., conhecido também como o Profeta Messiânico, que diz: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome Emmanuel”, que traduzido é “Deus conosco”. José, despertando do sonho, fez como o Anjo do Senhor ordenara, e recebeu sua mulher. E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito, e pôs-lhe o nome JESUS

Agora, já em Lucas, está dito: 2:1 (ss) – “E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto de César Augusto para que todo mundo se alistasse. (Esse primeiro alistamento foi feito sendo Cyrênio Presidente da Síria). E todos iam alistar-se, cada um a sua própria cidade. E subiu também José, da Galiléia, da cidade de David, que se chama Bethlehem (Belém) porque era da casa e família de David, para alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que devia dar à luz. E deu à luz seu filho primogênito, e envolveu-O em panos, e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles numa estalagem.

Ora, naquela comarca havia uns pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite os rebanhos. E eis que se apresentou junto deles um Anjo do Senhor, e com uma luz divina os cercou de refulgente luz, e tiveram grande temor. Porém, o Anjo lhes disse: Não temais; porque eis que aqui vos venho anunciar um grande gozo que será para todo o povo! É que hoje vos nasceu na cidade de David, o Salvador, que é o Cristo Senhor. E este é o sinal que vo-los fará conhecer. Achareis um menino envolto em panos, e posto em uma manjedoura. E, subitamente, apareceu com o Anjo uma multidão numerosa da milícia celestial, que louvou: glória a Deus no mais alto dos Céus e paz na Terra aos homens de boa vontade”.

Aqui termina o relato de Lucas sobre o nascimento de Nosso Senhor Jesus-O-Cristo. Vejamos em sequência algumas considerações:

O Padre Antônio Pereira de Figueiredo, na Bíblia, edição Barsa, em seu texto diz: São Lucas, 2:1 – “Este primeiro recenseamento foi feito por Cirino, Governador da Síria”. O Padre João Ferreira d’Almeida, numa Bíblia de sua tradução, publicada em Língua Portuguesa, 1945, diz, em Lucas, 2:1 – “Este primeiro alistamento foi feito por Cyrênio, presidente da Síria”. Já em outra Bíblia o mesmo Padre João; em Lucas, 2:2, diz: “Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era Governador da Síria”.

Existem algumas diferenças entre as traduções dos Padres Antônio e João, em terminologia, redação etc. Porém, a meu ver são coisas de pouca importância. Para mim, os pequenos detalhes são importantes. Portanto, tenho por hábito analisá-los bem, pois busco o âmago, a essência das coisas e “cousas”.

O que foi transcrito aqui é tudo, “ipsis litteris” do que existe no Novo Testamento com referência ao advento do Nosso Senhor Jesus-O-Cristo.

O que é puro e Santo não vem ao mundo cercado por aparatos materiais. O Filho de Deus teve por berço uma simples manjedoura...

Que a Luz do Supremo Jesus-O-Cristo possa ser uma constante em nossas vidas num permanente Labor Espiritual...

Em se tratando do nascimento, não poderia deixar de aproveitar a oportunidade e inserir uma pequena Oração que é introduzida pelas Freiras Carmelitas do Convento da Luz-SP, em distribuição nas “cápsulas milagrosas do Frei Galvão, o primeiro Beato brasileiro, consagrado pelo Papa João Paulo II em 23 de outubro de 1998, cuja, é: “DEPOIS do PARTO PERMANECESTES VIRGEM - Ó MÃE de DEUS”.

Que os nossos dias possam ser uma permanente festa de renascimento no dia-a-dia, nos corações dos seres humanos. Que toda a NATURA resplandeça de Luz pelo advento do Verbo que se fez Carne...

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