Por Ischaïa, Matriarca da Igreja Expectante
Temos um formulário que chamamos de Proposta para aqueles que desejam ser Sacerdotes Expectantes.
Ao preenchê-lo, a maioria declara que o motivo de se propor a ingressar na Via Sacerdotal é “porque gostaria de ajudar aos irmãos, ser útil aos semelhantes, espiritualmente, ser um mensageiro da luz, divulgar os ensinamentos da Igreja e seus Mestres”. Alguns enumeram também as belas virtudes do Sacerdócio.
Porém, o tempo nos demonstra que essas ideias e propósitos são, quase sempre, mera ilusão. Se não, mera busca de algo que não encontrarão aqui. Onde ficou aquele ideal, se é mesmo que ele existiu?
Temos dezenas de Sacerdotes e Noviços que, após a tão esperada, ambicionada e buscada Consagração, desapareceram. E temos também os que, logo depois de Consagrados, já se acham coisa muito grande e passam a agir como se desligados estivessem.
Não posso imaginar alguém se filiar a uma ordem, clube de serviço, ONG, sociedade esportiva, clube para depois sumir.
De duas, uma: não era algo assim tão desejado, não era mesmo o que queria ou entrou só para ver e ter a carteirinha (Certidão ou Patente).
No mundo espiritual essa curiosidade ou essa vaidade de ter só o seu “passe” nada vale, pois sabemos que cada palavra, ação ou gesto nos vão ser cobrados. Cobrado, não por ninguém. Cobrado a você próprio pela sua consciência e pela Lei do Retorno. Nesses casos, a “fatura” vai ser a apresentada pelo contador da Balança Moral a alguém que entrou na fila simplesmente para engrossá-la, atrapalhá-la, desorganizá-la, para ocupar uma vaga, ou seja, para nada que possa pertencer ao Departamento da Construtividade Divina.
Fomos, somos e seremos responsáveis por todas as nossas escolhas, por tudo que fazemos. Não se deve brincar com o Sagrado.
Houve um tempo em que a Igreja Expectante era muito assediada. Passou, felizmente.
Ainda no Patriarcado do Thoth, quando questionado, dizia: “Sou pescador. Dou linha ao peixe para ver até onde ele vai... Eu conheço muitos tipos de peixes e para cada um há a sua isca. Sou velho pescador. Não pense, Ischaïa, que sou ingênuo...”
Uma coisa que chama a atenção é que nas redes sociais nossos amigos Expectantes, Noviços e Sacerdotes colocam sempre mensagens de outras Ordens e até das que são cognominadas como secretas. E nem uma palavrinha sobre algo referente a nossa Egrégora e nossos Mestres. Por quê?
Já ouvi de um Sacerdote mais próximo essas palavras: “Ischaïa, a Igreja Expectante nasceu para ser pequena...” Então, respondo: por que os nossos antecessores criaram personalidade jurídica, rituais, saíram divulgando, escreveram livros e propagaram o ensinamento de Cedaior, que diz que nossa obrigação é difundir a Lei do Renascimento e a Unidade das Religiões? Se não fosse para torná-la conhecida, continuaria lá em Córdoba, não teria vindo para o Brasil, e já teria sido extinta, pois já se passaram 100 anos...