Em um trecho de “A Tradição e Eu, Carolei”, livro inédito de autoria do 2º Patriarca, o Mestre Sevãnanda reproduz o que o próprio Jesus-O-Cristo dissera àqueles que, depois, iriam constituir com Ele a “Santa Aliança dos Sete Mil”, que não sabiam ainda ser Ele o Messias (ver "Harpas Eternas", por Hilarião de Monte Nebo, recebido por Dª Rosalía, páginas 721 e seguintes):
O Vosso Messias sabe que somente de vós mesmos virá a vossa liberação de todas as cargas que suportais, se sois capazes de conquistar, custe o que custar, a nova vestimenta que Ele exigirá para todos aqueles que queiram compartir com Ele a árdua e penosa missão de dar aos homens a grandeza, a paz e a ventura que buscamos.
Não há lã, nem linho, nem seda que possa tecer essa vestimenta, que não é matéria corruptível, se não imaterial e eterna; está tecida de desinteresse, de abnegação, de espírito de sacrifício e de um anelo poderoso e forte, como o vendaval que tudo arrasta, de melhoramento social, material e espiritual, para todas as raças e povos da Terra.
Sevanãnda: Sentiste passar, ó, Carolei, as asas dos Grandes Serafins vindo apoiar o labor iniciado com esse toque de clarim, do Cristo Social?
Certa vez, em que Sádhanâ e eu visitávamos a Dª Josefa Rosalía Luque de Álvarez, admirável Servidora que "recebeu" Harpas Eternas, ouvimos através dela uma longa página sobre essa Aliança dos Sete Mil. Reproduzirei apenas pequenos trechos:
O amor é mais forte do que a dor e que a morte! O amor apagou com a sua mão de mago a palavra “impossível” no horizonte que surge ante o olhar dos que buscam a Verdade e a Justiça como único caminho para chegar até Deus...
Nas minhas mãos estendidas para vós ficou o eflúvio amoroso do vosso beijo de despedida e, no mais íntimo de Meu ser, o eco inapagável das vossas promessas tantas vezes repetidas. E, vendo-vos partir, vos repetia com o meu pensamento:
“Aquele que põe a mão no arado e volta a cabeça atrás não é apto para o Reino dos Céus”.
“Aquele que começa a galgar a montanha e volta a vista para o pântano que jaz ao fundo pode sentir a atração do abismo e precipitar-se nele”.
“Aquele que, tendo começado a jornada redentora, se afasta do caminho que seguiram os ungidos do Amor e do Sacrifício, pode ser que os vendavais apaguem sua lâmpada e fique submerso nas trevas”.
“Aquele que, levando na gloriosa viagem um manancial de Água Viva dentro de si mesmo, para purificar a seus irmãos, a misture com águas insalubres, pode ele mesmo perecer envenenado”.
E mil, e mil vezes continuou ressoando nos planos e mundos da Aliança o hino sonoro, grandioso concerto divino das almas unificadas na Luz e no Amor:
“Que importam, ao Amor, a dor e a morte?”
Meus filhos, se todos vós, os ungidos daquela hora solene, tivésseis sido conscientes das vossas grandes promessas, ante os delegados de Deus, com que outra maneira teríeis realizado o Apostolado da hora presente, no que se refere a vossa própria imperfeição e ao progresso daqueles aos que fostes enviados!
Que pelo menos vós, que escutais a minha palavra, sejais fortemente iluminados pela claridade do Pai, para que respondais fielmente na hora presente a aquele eco que encheu de harmonia o espaço infinito: “Que importam, ao Amor, a dor e a morte? Recebei a minha bênção, em nome de Deus”