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A jovem centenária

A jovem centenária

"Vigiai (a si mesmo) e Orai (pelo próximo)".
Assim foi plasmada, na instrução do Divino Mestre, testemunhada por pouquíssimos discípulos de Seu círculo íntimo, a Igreja do Fogo, ígnea e verdadeira, igreja do futuro, da Sexta Raça, da Era Olímpica...

Era 17 de agosto de 1919, Córdoba, Argentina. Reunidos nove espiritualistas, homens de vários saberes, criaram um grupo de estudos denominado Igreja Expectante, de bases gnóstica, essênia, védica e, mais tarde, buddhista. Seria "mais uma" não fosse a forma inovadora de orientar os que batem a sua porta para uma Nova Era, aquariana, cheia de desafios. Cedaior, o Primeiro Patriarca, havia saído da Europa por ordem de seu guru, "Tu não és mais nada para o Velho Mundo", visto que já havia cumprido sua missão por lá, veio para a América do Sul e situou-se primeiramente na Argentina. 

Albert Raymond Costet de Mascheville, Cedaior, foi o Precursor dessa nova filosofia religiosa. Seu filho Leo Alvarez Costet de Mascheville,  na época um jovem estudioso, também fez parte daquele seleto time de seres à frente de seu tempo, tornando-se, em 1947, com o desencarne de seu pai e mestre Cedaior, o 2º Patriarca (Sevãnanda) por nós considerado o Realizador. Em 1970, com a partida de seu mestre, assumiu Huascar Corrêa Cruz, Thoth, o Divulgador, que ficou no Patriarcado até seu falecimento, em 11 de maio de 2009. Com Thoth, a Egrégora Expectante, sempre minoritária, discreta, avessa ao proselitismo, experimentou intensa divulgação pelo exemplo, pela prática ritualística a céu aberto, inclusive, procurando cumprir um dos seus propósitos, a ordem de Vayú: "O que vos dei em segredo, dai publicamente"

Ou seja, a Igreja Expectante, em sua trajetória, caracterizou-se por uma atuação essencialmente cristã, ecumênica, ampla, aberta e, portanto, incomum para este último século, que foi (e ainda está sendo) de preparação. Detém chaves não disponíveis em muitas Ordens co-irmãs. É portadora da Transmissão, algo que se rompeu nas religiões que um dia a tiveram. Antecipou-se no mínimo cem anos no enfrentamento de problemas que boa parte da humanidade ainda vê como tabus. Podemos imaginar, no início do século passado, abençoar casais unidos pelos laços do amor que, por condições civis (desquitados, separados, divorciados), não podiam receber uma bênção? A Igreja, sabedora que por melhores que sejam as intenções, juras eternas muitas vezes não podem ser cumpridas, criou o ritual de Bênção de União, além daquele da Bênção Matrimonial (casamento), para as pessoas em condições civis legais.

Coube à Igreja Expectante o privilégio de contribuir para tornar conhecido, neste hemisfério, um dos seres mais evoluídos nascidos entre nós, na França: O Mestre Philippe, de Lyon, o amigo do Cristo, o guardião do Umbral, aquele que esteve no início e que estará no fim, e que nos deu, em sua mais recente passagem, entre centenas de outras amorosas advertências, a seguinte: "Quando formos nada, aí começaremos a ser alguma coisa".

Esta desconhecida igrejinha, que não tem sedes, suntuosos templos, nem ouro e nem púrpura, também difundiu, desde seu início, há um século, a maternidade consciente, ensinando que seres humanos devem ser gerados no amor e com responsabilidade. Propagou a Lei das Vidas Sucessivas, reencarnação, causa e efeito, Lei do Choque de Retorno e a pluralidade dos mundos. O que dizer então de reconhecer que homens e mulheres são condições temporárias e que o verdadeiro EU, o espírito, não tem gênero?... E quanto a dar à mulher os mesmos direitos reservados aos homens, concedendo-lhes o Sacerdócio e até o Matriarcado?

Diz a tradição oral que Cedaior isso previu como função natural aceita e possível na Nova Era. A jovem centenária Igreja Expectante é, enfim, a união de pessoas que se reúnem pelo desejo sincero de aprendizado, evolução e conhecimento. Não a procurem esperando milagres. Façam o milagre em si mesmos. Podemos ajudar. Aqueles que adentraram ao templo sabem que o que lhes é exigido é tão somente a melhora interior. Por sinceros e perseverantes esforços próprios. A difícil tarefa de tornar a pedra bruta em reluzente pedra polida, até que, após muito sangue, lágrimas e suor derramados, se alcance a subida da montanha e que se possa receber a coroa de louros pela vitória contra o animismo, o egoísmo e o orgulho. Até que possam ser considerados dignos e úteis ao Plano da Construtividade Divina.

Os que chegaram a receber a Iniciação e foram marcados na fronte serão reconhecidos e receberão conforme suas obras, ou seja, como na parábola de Jesus sobre os talentos.


Por Ischaïa, Matriarca Expectante
Colaboração: Sacerdote Gérard

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