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Contemplação construtiva

Contemplação construtiva

Por Thoth, 3ª Patriarca Expectante

O Sol lançava seus primeiros lampejos, desenhando faixas douradas, produzindo múltiplas cores no raiar de uma nova aurora que resplandecia.

O Supremo Artista nos brindava naquele momento com mais um dia para que nós o vivêssemos com plena harmonia. A nossa Mãe Natura espocava em melodias variadas, através dos seus sons harmônicos, numa sinfonia inigualável.  Tudo era paz e amor que impregnavam a vida através de suas múltiplas facetas. No AR, sentia-se a suavidade das Sílfides, com toda a sua pureza, e com toda a sua doçura, permeando tudo com uma onda de divinal amor. A TERRA, umedecida pelo rocio da noite, emanava os mais variados perfumes. Extasiados e contritos, os GNOMOS rezavam uma prece de hosana ao Criador. A ÁGUA, aquela Ninfa cristalina, deslizava suavemente, murmurando hinos de louvor ao passar pelos seixos, proporcionando às NÁIADES os momentos próprios para executarem seus clássicos bailados... O FOGO em seu trabalho crepitava, e suas labaredas, através das SALAMANDRAS, desenhavam sinuosidades fantasmagóricas...

Tudo. Tudo estava perfeitamente enquadrado para produzir o mais elevado estado de meditação contemplativa, relacionada com as magnas forças superiores da Energia Universal, dos diversos Departamentos do VERBO, se unindo com os elementos da Natura: AR – TERRA – ÁGUA e FOGO.

E foi assim que, nesta contemplação, despertou em mim o desejo de desenvolver o Poder Mental da Força de Vontade, no afã de harmonizar-me cada vez mais com as Forças Superiores...

Porém, no meu SENTIR, analisei:

Mas isto é o que milhares e milhares de criaturas vivem procurando e desejando, razão porque se enveredam por esses caminhos, buscam, agarram-se, através de inúmeras filosofias, seitas,  religiões e credos, todas com seus dogmas preconizados, talhados a prender determinadas pessoas que se tornam adeptas, obrigando-as a duras provas, dando-lhes os mais pesados conceitos, preconceitos e abstenções proibitivas...

Certo.

Cada escola tem seu método, a sua modalidade, e todas conseguem seu objetivo, mais cedo ou mais tarde. Porém, nenhuma consegue realizar nada, se seu adepto não quiser, não lutar, não praticar, proporcionando desta forma a razão de ter sido criado o velho aforismo: “O Mestre só se apresenta quando o discípulo estiver pronto”.

E este “pronto”, o que quer dizer? Quando, em que época será?

Quer dizer que: só quando o discípulo resolve AGIR, PRATICAR, se ENTREGAR a fundo na realização daquilo que deseja, do seu ideal, é que o Mestre se faz presente.

De forma que pergunto: O que interessa, à pessoa de bom senso, desenvolver a sua força Mental se ainda não venceu a sua batalha interna, que é dominar a sua parte anímica com todas as artimanhas do seu EU INFERIOR?

Vejamos isto:

Suponhamos que você desenvolveu o Poder Mental e, amanhã ou depois, alguém venha a lhe ferir, moral ou espiritualmente, você não irá se dedicar a abrir o caminho para a vingança? Não irá dar expansão ao seu ódio? Não irá guardar mágoa ou desejar mal de alguma forma a quem lhe feriu?...

Com seu potencial, e tendo a possibilidade de agir a seu bel-prazer, se você der asas aos seus sentimentos Negativos, mesmo que seja só por pensamentos, quantos danos irá causar aos outros e, concomitantemente, a você mesmo, pela Lei do Choque de Retorno – pela Lei da Causa e Efeito?

Portanto, compreenda isto:

Antes de se desejar poderes, forças sobrenaturais para produzir atos fenomênicos, para demonstrações que viriam a ser mais tarde a sua própria ruína, e antes também de causar atos danosos com vingança aos seus desafetos, seria muito melhor aplainar as arestas internas, para que a estrada fique transitável, dento do equilíbrio da justiça, direito e razão.

Guarde bem este ensinamento: Quanto mais elevado, mais cheio de conhecimento é o ser, mais as sombras se estendem sobre ele. É preciso, pois, ter muito controle sobre ELAS. Caso contrário, ficará sufocado...

Assim, meu caro, a Igreja Expectante, antes de ensinar métodos da aquisição de poderes fenomênicos, dá, de início, aos seus discípulos, a possibilidade de dissecar-se, recompor-se e reencontrar-se consigo mesmos, vencendo sua própria batalha por meio da aplicação direta, no dia a dia, de uma plena observação do Lema: Viva a Experiência Procurando Realizar a Pureza.

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