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A Egrégora e a Igreja

A Egrégora e a Igreja

Palestra do 3º Patriarca Thoth na abertura do 3º Encontro Expectante, em 2008

Tudo na vida tem que ter uma sequência, uma continuidade. E uma egrégora nunca para. A egrégora está sempre onde ela foi criada e recebendo a energia daqueles que a criaram. As nossas ações, palavras, nosso amor, cooperação, entrega e renúncia. Uma egrégora é constituída dentro de um terreno de pontualidade, nas horas que se determina para que se esteja presente. O dia marcado para as reuniões não deve ser cortado, parado ou mudado, a não ser com um sério pedido às forças superiores, movido por circunstâncias alheias a nossa vontade espiritual, mas por razões ligadas ao trabalho material. A egrégora está sempre viva, presente e atuante, de acordo como as pessoas que a ela pertencem, vivem e lutam por ela. Usufruímos de suas benesses, benefícios, entre os quais ela nos dá uma segurança, uma proteção muito grande. Egrégora é força, é energia, vibração, continuidade permanente do som universal. Nós a impelimos de acordo com a nossa vontade, desejo e de acordo com a pureza pela qual nós usamos a nossa pontualidade, sinceridade, amor, entrega, abnegação, renúncia. 

A egrégora, o seu potencial é a soma, o total, o coeficiente daqueles que a ela pertencem. Não pode existir uma egrégora se não houver determinação baseada naquilo que se chama fé e confiança. Como é que pode existir uma egrégora, uma vida permanente, se os componentes do grupo no qual ela está sendo formada são diversificados? Temos que ter um parâmetro de solidariedade, um parâmetro de igualdade, entrega e renúncia permanentes e, encimando tudo isso, colocar uma coroa de espinhos na nossa vida, na nossa consciência, que é o juiz inexorável que nos acompanha pela estrada da vida afora. Então, apanhando esses espinhos que colhemos na nossa vida material e espiritual, ao mesmo tempo, a egrégora ornamenta as nossas cabeças. Não usando isso com leviandade, parodiando ou falando com referência à coroa do Cristo, porque os espinhos que foram colocados na cabeça do Mestre significavam as incúrias das criaturas humanas que iriam crucificá-Lo.

A egrégora é algo muito sublime, sutil e vibrante, de uma energia e sonoridade inigualáveis. É a parte emanada do nosso ego superior. A essência que vai iluminá-la, que vai extrair de nós... Ela vive através dessa essência. Se nós cortamos nossos deveres e obrigações, através da falta de pontualidade, de desejo permanente de trabalho, como pode viver uma egrégora? Fantasiosa... A energia desaparece. A essência dela é a soma da nossa entrega, a soma da nossa lealdade. É a soma daquilo que nós trabalhamos em nós para vencermos as nossas incúrias. É podermos olhar para uma pessoa que nos maltratou, sorrir para aquela pessoa e dizer: muito obrigado, você me fez um grande favor, alimentou a minha alma. Porque as maledicências que nós recebemos, as injúrias e calúnias que auferimos, emanadas das criaturas humanas, se transformam na nossa energia, na nossa força, nossa potência, entrega, nos dão uma motivação cada vez mais presente de querermos, de lutarmos para aguentar aquela carga, suportar aquela cruz que nos está sendo dada. Porque, quer queiramos ou não, temos sempre a nossa cruz para carregar e temos que levá-la ao gólgota das nossas existências.

A egrégora é exatamente essa potência que está em nossas mãos para que nós possamos dela usufruir e dar a ela a nossa energia. A energia emanada de nós é o amor que temos. Um amor sem tabus, um amor de renúncia, de entrega sincera e profunda. Como posso eu olhar com leviandade para trás, para Aquele que está lá em cima (aponta para a imagem do Cristo e dos Mestres, no altar), formando a força quadrangular da Igreja Expectante? Meus filhos: vocês não conhecem a potência da Igreja Expectante. Ela não está alhures. Está aqui, dentro de cada um de nós, dentro dos nossos corações, das nossas mentes, nossos atos e atitudes. Vamos ser mansos e humildes de coração. Não com palavreados bonitos e fantasiosos, mas com prática permanente. Uma prática assídua é que constitui a nossa egrégora. A egrégora, junto com a sua potência, a sua, a sua, a sua e a sua, o que estamos fazendo? A união faz a força. Como posso ter uma união se não tenho a aceitação dos defeitos dos outros? Se não entendo que aquilo que aquele indivíduo é sou eu?... Porque somos a soma, o total, o coeficiente do carma humano. O carma de cada um, cada qual tem a responsabilidade de usá-lo. Mas se unirmos as nossas forças e energias, e estivermos com a força superior, quem pode contra nós? Ninguém! Aqui se cortam todas e quaisquer raízes negativas. Eu costumo chamar esse pedacinho de Guarapari de o oásis de Guarapari. Onde os viajores da vida podem chegar e beber a água da vida. Porque aqui está uma egrégora. Construída através de luta, trabalho, sofrimento, renúncia, através de demonstração daquilo que se é e não daquilo que se fantasia. 

Vamos expandir nossos corações. Vamos abrir com tolerância os nossos corações. Não se importem com aquilo que os outros falam de nós. Ao contrário, batam palmas. Porque amanhã ou depois os outros que vêm nos conhecer vão sentir que de fato encontraram alguma coisa positiva na vida material. Isto é uma egrégora. 

Fui convidado para arranjar um termo para dar uma expansão de entendimento, na parte exterior da vida, questão levantada pelo Dr. João Carlos (Sacerdote do 2º grau, em São Paulo). Ele disse: Thoth, vamos precisar ter um termo para apagar aquilo que hoje está tão conspurcado, tão deteriorado e putrificado como o nome igreja. Vamos sair um pouco fora dessa coisa?... Você arranja um termo?... Não, não preciso arranjar, porque já existe. Chama-se egrégora, só que eu nunca falei. Agora vou ter que tornar público isso. Então, foi feita na reunião passada a adoção do nome “Egrégora”, para exteriorizar a potência da Igreja Expectante. Para tirar, afinal, a palavra “igreja”, deixá-la simplesmente na parte física da vida, para constituir as coisas todas dentro das ordens humanas, das regras, dos regulamentos. Isso pertence a uma coisa, um lado. É a igreja. Agora, a Egrégora Expectante, meus amigos, sai de baixo... Sai de baixo porque o negócio é pesado. A nossa responsabilidade é pesada.

E por que foi feita a Cruz da Igreja Expectante com esses raios? Vocês já se deram ao trabalho de ver quantos raios há na cruz da Igreja? Doze raios. Sabem o que significam esses doze raios? Cada um dos discípulos do Mestre. Os apóstolos. E a força superior da egrégora? O Senhor Jesus. Isto é a Egrégora Expectante.

Eu os concito a cada vez mais, não sei quanto tempo, nem posso saber, lá em cima é que sabem, ainda vou estar aqui com vocês. Mas onde eu estiver, se me permitido for, e se eu merecer, estarei sempre pronto para atender vocês. Porque existe uma egrégora e eu estou ligado a ela. E vocês estão ligados a ela. Então, vamos valorizar isso de uma maneira sucinta, clara e precisa. É a potência de cada um de vocês, em grau de elaboração interior, que irá fundir, num cadinho do coração de vocês, os metais de baixo teor no mais luzidio ouro espiritual. Se vocês aceitam e querem esta tarefa, unamos as nossas energias, as nossas forças, fechemos os nossos ouvidos para as coisas que não soam bem para nós e deixem que o cão ladre, porque a nossa caravana passa. Olhai para os outros não com uma revolta, porque nos injuriaram. Peçam, simplesmente, aos Mestres, para que os perdoem, porque eles não sabem o que fazem. Palavras do Cristo aos pés da cruz na hora dos seus últimos alentos na face da Terra: “Pai, perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem”.

Não nos situemos em posições beatíficas se estamos cheios de coisas terríveis dentro de nós. Vamos lutar, cada um por si e pela nossa egrégora. Porque a soma, o coeficiente de cada um que está lutando para se modificar é a base, a estrutura da força triangular, constituída pelo Mestre Amo Philippe, Cedaior e Sevãnanda. A base quadrangular da Igreja Expectante é encimada pelo insigne, único ser, único homem que teve a coragem de beber no cálice a amargura das iniquidades humanas quando Ele disse “Pai, se possível for, afasta de mim esse cálice”. Mas o Cristo que estava sendo manifestado Nele, na Sua transfiguração, quando Ele recebeu a Força Crística, Senhor Jesus, foi quando ele chegou perto dos discípulos e disse: “Eu os deixei aqui para que vigiassem. E vocês dormiram. Acordem.”. E, através disso, Cedaior, conhecedor profundo das coisas elevadas, Crísticas, ele era uma encarnação de João, disse: “Vigiai e orai”. Foi de onde ele tirou, de onde ele recebeu a intuição de que a Igreja que estava criando se iria chamar “Expectante”. 

Nós Expectantes somos uns animais que vivemos em permanente estado de expectativa de lutarmos para vencer as nossas iniquidades interiores. Não vamos nos vangloriar disso. Vamos simplesmente usar isso como bandeira para que possamos fazer alguma coisa por nós mesmos e para os outros também. Como que nós vamos querer nos doar se não temos para doar? Primeiro temos que adquirir essa energia extraordinária para poder espargi-la aos borbotões, para as criaturas humanas que venham a necessitar de nós. Porque cada Sacerdote Expectante do 2º grau recebe essas palavras, as quais eu jamais profiro na presença da turba. 

Agora vou deixar, neste encontro, que cada um dos presentes possa formular as perguntas que precisarem formular para eu poder esclarecê-los, de acordo com a minha possibilidade e autorização lá de cima. Aproveitem a oportunidade, perguntem o que quiserem. As dúvidas são um tremendo bicho de sete cabeças dentro de nós, à espreita de qualquer falha, por menor que seja, para nos atacar. Que elas possam ser vencidas. A dúvida é a porta aberta para o descrédito, a porta aberta para que nós possamos cometer desatinos, movidos por circunstâncias de baixo teor. Espero que cada um tenha perguntas a fazer, aproveitando esta oportunidade que eu considero rara, de estarmos aqui, criaturas que estão atentas, prontas como soldados do Cristo para cumprir as ordens Dele.

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